domingo, 20 de abril de 2008

Vivo um grande amor!!!!!!!!!!!!!!


resumo sobre Gestalt

BOCK, Ana Mercês Bahia, FURTADO, Odair, TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: Uma Introdução Ao Estudo de Psicologia. In: ____.A Gestalt. São Paulo: Saraiva, p. 368.

Max Wertheimer, Wolfgang köhler e Kurt Koffa, baseados nos estudos psicofísicos de Ernst Mach (físico) e Christian Von Ehrenfels (filósofo e psicólogo) que relaciona a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente psicologia.

Esses três estudiosos começaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Eles estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade.

Os experimentos com a percepção (ponto de partida e uns dos temas centrais da Gestalt) levaram os estudiosos ao seguinte questionamento: há relação de causa e efeito entre o estímulo e a resposta – por que, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece e a resposta, encontra-se o processo de percepção. Para a compreensão do comportamento humano é necessário saber como o individuo percebe e o que percebe.

O confronto Gestalt/Behaviorismo pode ser resumido na posição que cada uma das teorias assume diante do objeto da psicologia – o comportamento, já que essas duas teorias definem a Psicologia como a ciência que estuda o comportamento. O Behaviorismo, estuda o comportamento através da relação estímulo-resposta. A critica dos gestaltistas ocorre por considerar que o comportamento, quando estudado de maneira isolada de um contexto mais amplo.

Para os gestaltistas, o comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo. Suas justificativa para essa postura é baseada na teoria do isomorfismo, que supunha uma unidade no universo, onde a parte está sempre relacionada ao todo.

Esse fenômeno da percepção é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto). Nesses fenômenos da percepção a Gestalt encontra condições para compreender o comportamento humano. A maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento.

O comportamento é determinado pela percepção do estímulo e, portanto, estará submetido à lei da boa forma, onde existe a tendência da nossa percepção em buscar a boa-forma que permite a relação figura-fundo. Quanto mais clara estiver a forma (boa-forma), mais clara será a separação entre a figura e o fundo. Quando isso ocorre, torna-se difícil distinguir o que é figura e o que é fundo. Desta forma, o conjunto de estímulos determinantes do comportamento é determinado meio ou meio ambiental. São conhecidos dois tipos de meio: o geográfico e o comportamental.

O meio geográfico é o meio enquanto tal, o meio físico em termos objetivos. O meio comportamental é o meio resultante da interação do individuo com o meio físico e implica a interpretação desse meio através das forças que regem a percepção (equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade).

O campo psicológico é entendido como um campo de força que nos leva a procurar a boa-forma. Funciona figurativamente como um campo eletromagnético criado por um ímã (a força de atração e repulsão). Esse campo de força psicológico tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas.

Esse processo ocorre de acordo com três seguintes princípios. O primeiro é o da proximidade onde os elementos mais próximos tendem a ser agrupados. O segundo é o da semelhança onde os elementos semelhantes são agrupados e o terceiro é o fechamento onde uma tendência de completar os elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão.

Frederick Perls desenvolveu a concepção da Gestalt-terapia, dois grandes articuladores dessa abordagem são Lore Perls e Paul Goodman. A Gestalt-terapia é uma abordagem psicoterapêutica nascida da inter-relação de várias escolas filosóficas e teóricas a partir da organização especifica do seu criador.

Nessa abordagem, a existência humana é definida segundo a relação campo-organismo-meio, sendo impossível conceber o ser humano fora do contexto e do meio no qual está inserido. Partindo desse pressuposto o processo de conscientização é vital, pois é a partir dele que o sujeito pode estabelecer contatos de boa qualidade, responsabilizando-se por sua existência e assumindo plenamente seu potencial, que mais é do que a auto-realização. O principio de auto-realização existe em todos os organismos e é responsável pela satisfação de necessidades e pelo conseqüente equilíbrio organísmico.

Para a Gestalt-terapia a única possibilidade de existência é o aqui e agora, posto que o ontem já foi e o amanhã não chegou. Como a abordagem gestáltica volta-se para o todo, e em muitos aspectos somos a totalidade de nossas experiências, o que dar a entender q eu não reconhecer o passado significa alijar do sujeito uma parte que compõe. No entanto falar do passado não traz energia suficiente para presentificá-lo nem possibilidade de integrá-lo ao presente de modo a propiciar crescimento. Por isso não se pode viver como se estivesse no passado ou futuro qualquer possibilidade de viver é o agora.

A homeostase é o processo através do qual o organismo satisfaz suas necessidade. Uma vez que as necessidades são muitas, o processo de homeostase perdura o tempo todo. Por isso podemos chamá-lo de processo de auto-regulação.

Já a awareness é um processo de contato na relação estabelecida entre campo, organismo e meio, com qualidade acentuada de atenção e sentido. A awareness é experimentar e saber como e o que eu estou fazendo agora.

O contato e a fuga são opostos dialéticos. São descrições dos caminhos pelos quais encontramos os fatos psicológicos. A fuga na Gestalt-terapia não significa necessariamente ser um comportamento defensivo neurótico. O que determina a adequação e asserção desse comportamento está relacionado com a awareness envolvida na situação.

Devido à influencia do holismo, na Gestalt-terapia saúde não é simplesmente a ausência de doença. Saúde como um processo sempre cambiante, em que por meio de uma interação adequada com o meio o organismo satisfaz suas necessidade. Essa visão engloba todos os aspectos do ser humano como um todo organizado; o físico, o psíquico e o espiritual somam-se numa configuração indivisível cujo funcionamento é harmônico.

Ajustamento criativo é o processo que demanda ajustamento possível naquele momento, porém interagindo criativamente dentro do campo de interação. Esse termo refere-se aos ajustamentos possíveis entre o individuo e o meio que possam promover de alguma forma o fechamento de figuras.

A palavra self é utilizada quase como um sinônimo de “eu” ou “eu mesmo”, determinando uma característica de instancia psíquica. O self não pode ser considerado como instância, mas como sistema cuja função é variável dependendo da necessidade organísmica e do meio no qual esse organismo busca sua satisfação. Desta forma, o self propicia e age como integrador de experiências, e quando falamos em experiências não podemos deixar de pensar em percepção num sentido amplo.

O self pode assumir a função ou aspecto de Ego, Id e Personalidade, muito embora essas três funções tenham mais efeito didático do que uma correspondência total com a realidade, posto que viver é processo e existe a subjetividade e a peculiaridade de cada um. Desta forma, o Ego, Id e Personalidade são concebidos como aspectos/funções do self.

A função do Id é a que parece necessitar menos de “consciência”, uma vez que está ligada as funções e aos atos automáticos, como a satisfação de necessidade vitais e pulsões internas. Já a função Ego está ativa no self em que há deliberação de atitude por parte do individuo, tanto no sentido de assimilação como no de rejeição. A função personalidade está intimamente ligada à auto-imagem de cada um. Esta função tem por tarefa básica assegurar a integração das experiências anteriores, construindo a identidade de cada um ao longo do tempo.

A neurose são as interrupções do fluxo natural de figuras, tornando-as “inacabadas”. Em função do acumulo de situações não resolvidas o individuo começa a perder a capacidade de hierarquizar necessidades, cristalizando determinadas situações e tornando-as “figuras rígidas”. Essa interrupção dos processos contínuos da vida é tamanha que acaba por sobrecarregar o individuo, impedindo-o de estabelecer figuras cristalinas, impedindo assim seu fechamento.

Perls explica a estrutura da neurose, dividindo-a em cinco camadas. A primeira é a camada dos clichês nela encontramos símbolos e gestos destituídos de sentido e por isso vividos automaticamente. A segunda é a camada do desempenho de papeis essa se incumbe de mostrar ao mundo e ao outro aquilo que não somos. A terceira camada é a implosiva, também chamada de camada da morte, pois ocorre uma “paralisia” causada por forças em oposição. A tônica dessa camada repousa no medo da morte ou numa vivência na qual o individuo se identifica como se passasse por um processo de morte. Apos as camadas descritas e quando de alguma forma elas podem ser superadas, ocorre o impasse, que nada mais é do que a experiência da anti-existência. Camada explosiva a partir do processo descrito, a camada de morte energiza-se, voltando à vida e fazendo o “implodir” tornar-se “explodir”. Essa implosão pode vir na forma de quatro sentimentos básicos: explosão em pesar genuíno, explosão em organismo, explosão em raiva e explosão em alegria de viver.

A confluência é quando o individuo não sente barreiras entre si mesmo e o mundo ou o outro. Assim, a “dissolução” da fronteira de contato, ficando obscuro o limite estabelecido entre o individuo e aquilo com o que está em confluência.

A confluência patológica impede que o indivíduo perceba e respeite as diferenças incluídas em determinada situação; evidencia-se uma dificuldade crônica de barreira e aceitação daquilo com o qual ele não está confluente.

Na projeção há uma tendência a responsabilizar o meio por conteúdos que são do próprio individuo. O sujeito que projeta constantemente, atribui ao mundo e ao outros defeitos ou qualidades que no geral estão em si mesmo.

Resumo sobre psicanálise

BOCK, Ana Mercês Bahia, FURTADO, Odair, TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: Uma Introdução Ao Estudo de Psicologia. In: ____.A psicanálise. São Paulo: Saraiva, p. 368.

Com o estudo dos “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos, levou Freud à criação da psicanálise.

O termo Psicanálise é usado em três campos diferentes: como teoria caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. Como método de investigação busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres. Como prática profissional refere-se à forma de tratamento- analise – que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento.

Freud formou-se em medicina na Universidade de Viena, em 1881, especializou em psiquiatria. Ao final da residência médica, conseguiu uma bolsa de estudo em Paris, onde trabalhou com Jean Charcot, psiquiatra francês. Em 1886 voltou a Viena e voltou a clinicar. Conhece Josef Breuer, médico e cientista. Trabalharam juntos no caso de Ana O.

Breuer nomeou de método catártico o tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas.

Inicialmente Freud usava a hipnose para obter a historia da origem dos sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método catártico. Depois de algum tempo Freud modifica esse tratamento e não empregará mais a hipnose. Desenvolveu a técnica de “concentração”, na qual a rememoração sistemática era feita por meio de conversação normal; e por fim abandonou as perguntas para se confiar por completo à fala desordenada do paciente.

Ao deixar seus pacientes à vontade no curso de suas falas e idéias, Freud observou que muitas vezes, eles ficavam embaraçados, envergonhados com algumas idéias ou imagens que lhes ocorriam. A esta força psíquica que se contrapõem a tornar consciente, a expor um pensamento, Freud nomeou de resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa esconder, fazer desaparecer da consciência, uma idéia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos psíquicos “localizam-se” no inconsciente.

Em 1900, Freud apresenta concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instancias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.

No inconsciente estar os conteúdos reprimidos, que não tem acesso aos sistemas pré-consciente/ consciente, pela ação de censuras internas. Estes conteúdos podem ser sido conscientes, em algum momento, e ter reprimidos, isto é “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes.

O pré-consciente é onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis a consciência. É aquilo que não está na consciente, neste momento, e no momento seguinte pode estar.

O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informação do mundo exterior e as do mundo interior.

Freud nas suas práticas clinicas sobre as causas e o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos nos primeiros anos de vida se configuravam como origem dos sintomas atuais. Assim a sexualidade é postulada a existência da sexualidade infantil.

Os principais aspectos destas descobertas são:

A função sexual existe desde o principio da vida, logo após o nascimento.

O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher.

A libido, nas palavras de Freud, é a energia dos instintos sexuais.

As excitações sexuais estão localizadas em parte do corpo. Com isso, Freud postula as fases de desenvolvimento sexual em: fase oral (a zona de erotização é a boca), fase anal (a zona de erotização é o anus), fase fálica (a zona de erotização é o órgão sexual); em seguida vem um período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais. E, finalmente a fase genital, quando a erotização não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao individuo – o outro.

Na fase fálica que acontece dos três ao cinco anos ocorre o complexo de Édipo, onde a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival. Ele então procura ser o pai para “ter” a mãe isso ajudará na estruturação da personalidade do individuo. Ao internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna e com medo de perder o amor do pai “desisti” da mãe.

A realidade psíquica é aquilo que para o indivíduo, assume valor de realidade. E é isso o que importa, mesmo que não corresponda a realidade objetiva.

Outro postulado teórico de Freud é o funcionamento psíquico que é concebido a partir de três pontos de vista: o econômico (que existe uma quantidade de energia que “alimenta” os processos psíquicos), o tópico (aparelho psíquico é constituído de um numero de sistemas que são diferenciados quanto a sua natureza e modo de funcionamento, o que permite considera-lo como “lugar” psíquico) e o dinâmico (no interior do psiquismo existem forças que entram em conflito e estão, permanentemente, ativas. A origem dessas forças é a pulsão). Compreender os processos e fenômenos psíquicos é considerar os três pontos de vista simultaneamente.

A pulsão (Eros é a pulsão de vida e abrange as pulsões sexuais e as de autoconservação e Tanatos é a pulsão de morte) e sintoma (conflito interno entre o desejo e os mecanismos de defesa).

Ao remodelar a teoria do aparelho psíquico, em 1920 e 1923, Freud introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade.

O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. Já o ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências de id, as exigências da realidade e as “ordens” do superego. Procura “dar conta” dos interesses da pessoa. É regido pelo princípio da realidade, que, com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. É um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade. O superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalizarão das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. Para a Psicanálise, o sentimento de culpa origina-se na passagem pelo complexo de Édipo.

Os mecanismos de defesa são processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo. Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo assim o aparelho psíquico. Os mecanismos de defesa são: recalque, formação reativa, regressão, projeção e a racionalização. Há outros mecanismos de defesa do ego como: denegação, identificação, isolamento, anulação retroativa, inversão e retorno sobre si mesmo.

O trabalho psicanalítico é o deciframento do inconsciente e a integração de seus conteúdos na consciência. Isto por que estes conteúdos desconhecidos e inconscientes que determinam à conduta dos indivíduos.