domingo, 16 de dezembro de 2007

Isabella Taviani - Ternura



Isabella Taviani - Ternura
Estelle Levitt - Kenny Karen

Uma vez você falou
Que era meu o seu amor
E ninguém ia separar
Você de mim
Agora você vem dizendo adeus
O que foi que eu fiz
Pra que você me trate assim?

Todo o amor que eu guardei
A você eu entreguei
Eu não mereço tanta dor, tanto sofrer
Agora você vem dizendo adeus
O que foi que eu fiz
Pra que você me trate assim?

Toda ternura que eu lhe dei
Ninguém no mundo vai lhe ofertar
E seus cabelos só eu sei como afagar
O meu pobre coração
Já não quer mais ilusão
Já não suporta mais sofrer ingratidão
Agora você vem dizendo adeus
O que foi que eu fiz
Pra que você me trate assim?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Eu e Du


Eu e Meu amor no show de Pato Fu, na concha acústica - Salvador/Ba. O show foi nota dez e a companhia também!!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Surto - Longe De Você


É melhor ficar lascado
Devendo a Deus e o mundo
Receber cheque sem fundo
E ter o crédito cortado
Quebrar desempregado, sem ter como viver
Prefiro ficar perdido do que Ficar sem você

Longe de você eu tenho tudo
E tudo isso é nada sem você
Longe de você eu tenho tudo
E tudo isso é nada sem você

É melhor ser assaltado
Ou preso pela polícia
Levar queda em ladeira
E apanhar no meio da briga
Passar fome frio e sede
Apostar tudo e perder
Prefiro ficar perdido do que Ficar sem você

Longe de você eu tenho tudo
E tudo isso é nada sem você
Longe de você eu tenho tudo
E tudo isso é nada sem você

Eu só não consigo fazer nada
E com você eu sou capaz de fazer tudo
Eu só não consigo fazer nada
E com você eu sou capaz

Longe da família
Longe de tudo
Longe de você

Longe de você eu tenho tudo
E tudo isso é nada sem você
Longe de você eu tenho tudo
E tudo isso é nada sem você

terça-feira, 20 de novembro de 2007

domingo, 14 de outubro de 2007

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Clarisse




Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada em seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
E Clarisse só tem 14 anos...

domingo, 23 de setembro de 2007

sábado, 15 de setembro de 2007


Eu e minha professora de História da Arte

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

IRA!

Ira! - Eu Vou Tentar


Hoje eu saio cedo
Sem saber se vou voltar
Caminho entre os carros
Deixo a rua me levar
Vou ser feliz
Longe daqui

E mesmo que eu encontre
Um caminho diferente
Que aproxime o eu de mim
E afaste o eu da gente
Eu vou tentar
Eu vou tentar

Vou só sem uma foto,
uma lembrança, uma canção
Te deixo de herança,
o som do velho violão
Acorde em Mi Maior
Pra você ter algo de mim

E sempre que estiver sozinha
Nas tardes de domingo
É só você pensar que eu
Eu vou voltar sorrindo
Eu vou tentar
Eu vou tentar

Eu vou tentar fazer você feliz
Nem que seja pela última vez
Eu vou tentar fazer você sentir
Tudo como na primeira vez

Eu vou tentar...

E sempre que estiver sozinha
Nas tardes de domingo
É só pensar que eu
Eu vou voltar sorrindo
Eu vou tentar

Eu vou tentar fazer você feliz
Nem que seja pela última vez
Eu vou tentar fazer você feliz
Nem que seja pela última vez

Hoje eu saio cedo
Sem saber se vou voltar...

sábado, 1 de setembro de 2007

É loucura


Odiar todas as rosas por que uma espetou o seu dedo...
Perder a fé em todas as orações por que numa você não foi atendido...
Desistir de todos os esforços, por que um deles fracassou...
Condenar todas as amizades por que uma te traiu...
Descrer de todo o amor porque um deles foi infiel...
Jogar fora todas as tentativas de ser feliz, por que uma tentativa não deu certo!
Espero eu na sua caminhada não cometa essas loucuras...
Lembrando que sempre: há uma outra chance. uma outra amizade, um outro amor, uma nova força.
É só ser perseverante e procurar ser mais feliz cada dia.
A gloria não significa “nunca” cair, mas em erguer-se toda vez que for necessário
.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Legião Urbana

o mar


Você sabe por que o mar é tão grande?Tão imenso? Tão poderoso?É por que teve a humildade de colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios.Sabendo receber, tornou-se grande.Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos os rios, não seria mar, mas uma ilha.Toda a sua água iria para os outros e estaria isolado.A perda faz parte, a queda faz parte, a morte faz parte.É impossível vivermos satisfatoriamente sem aceitar a perda, a queda,o erro e a morte.Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.Impossível ganhar sem saber perder.Impossível andar sem saber cair.Impossível acertar sem saber errar.Impossível viver sem saber morrer.Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará.Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, é errar, é perder, e isto você já sabe.Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade o ganho e a perda,o acerto e o erro, o triunfo e a queda, a vida e a morte.A dualidade está sempre presente:Como na dor e no prazer, ou no amor e no ódio, ambas faces das mesmas vibrações energéticas.

Que você tenha... de tudo... um pouco.


Sensibilidade
Para não ficar indiferente diante das belezas da vida.

Coragem
Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade.

Solidariedade
Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade.

Bondade
Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda.

Tranqüilidade
Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos
anjos.

Alegria
Para você distribuí-la, colocando um sorriso no rosto de alguém.

Humildade
Para você reconhecer aquilo que você não é.

Amor próprio
Para você perceber suas qualidades e gostar do que vê por dentro.


Para te guiar, te sustentar e te manter em pé.

Sinceridade
Para você ser verdadeiro, gostar de você mesmo e viver melhor.

Felicidade
Para você descobri-la dentro de você e doá-la a quem precisar.

Amizade
Para você descobrir que, quem tem um amigo, tem um tesouro.

Esperança
Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança.

Sabedoria
Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão.

Desejos
Para alimentar o seu corpo, dando prazer ao seu espírito.

Sonhos
Para poder, todos os dias, alimentar a sua alma.

Amor

Para você ter alguém para amar e sentir-se amado.
Para você desejar tocar uma estrela, sorrir pra lua.
Sentir que a vida é bela, andando pela rua.
Para você descobrir que existe um sol dentro de você.
Para você se sentir feliz a cada amanhecer
e saber que o Amor é a razão maior... para viver.
Mas se você não tiver um amor,
que nunca deixe morrer em você,
a procura... o desejo de o encontrar.
Tenha de tudo, um pouco... e Seja feliz!

domingo, 5 de agosto de 2007

Elis Regina


Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa compor muitos rocks rurais

E tenha somente a certeza

Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa ficar no tamanho da paz

E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim

Eu quero o silêncio das línguas cansadas

Eu quero a esperança de óculos

E um filho de cuca legal

Eu quero plantar e colher com a mão

A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo

Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé

Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos e livros e nada mais!

Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos meus livros e nada mais!

Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos e livros e nada mais!

sábado, 4 de agosto de 2007

Férias....

Apelo



Apelo

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, senhora, o leite primeira vez coalhou. A noticia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a ultima luz da varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada – meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas?Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

(TREVISAN, Dalton. Apelo. Alfredo, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo, Cultrix/Edusp. 1975.p.190).

sábado, 21 de julho de 2007

Alívio Imediato

o melhor esconderijo
a maior escuridão
já não servem de abrigo
já não dão proteção
a Líbia bombardeada
a libido e o vírus
o poder, o pudor
os lábios e o batom

que a chuva caia
como uma luva
um dilúvio
um delírio
que a chuva traga
alívio imediato

que a noite caia
de repente caia
tão demente
quanto um raio
que a noite traga
alívio imediato

há espaço pra todos
há um imenso vazio
nesse espelho quebrado
por alguém que partiu
a noite cai
de alturas impossíveis
e quebra o silêncio
e parte o coração

há um muro de concreto
entre nossos lábios
há um muro de Berlim
dentro de mim
tudo se divide
todos se separam
duas Alemanhas
duas Coréias
tudo se divide
todos se separam

Piano-bar

O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor

O que você não pode eu não vou te pedir
O que você não quer eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
Às vezes fica longe, difícil de encontrar
Mas, quando o Bourbon é bom toda noite é noite de luar

No táxi que me trouxe até aqui júlio iglesias me dava razão
No clip, paul simon tava de preto mas, na verdade, não era não
Na verdade nada é uma palavra esperando tradução

Toda vez que falta luz
Toda vez que algo nos falta alguém que parte e não volta
O invisível nos salta aos olhos
Um salto no escuro da piscina

O fogo ilumina por muito pouco tempo (por muito pouco tempo)
Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo, tudo um dia vira luz

Toda vez que falta luz
O invisível nos salta aos olhos
Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia
Era o princípio num precipício
Era o meu corpo que caía

Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

Ontem à noite eu conheci uma guria que eu já conhecia
De outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

No início era um precipício (um corpo que caía)
Depois virou um vício (foi tão difícil acordar no outro dia)
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

domingo, 1 de julho de 2007

Cachoeira

Cachoeira

Descendo a serra, vejo a barragem e o rio na sua imensidão, suas águas escuras e calmas tendo de um lado São Felix e do outro lado Cachoeira, o que mais se destaca nas duas cidades vista ainda de longe são as cruzes de suas igrejas. Nunca desci em São Felix, mas acredito ter muita coisa interessante para se ver. A ponte é antiga, mas há trens de carga que ainda usa os seus trilhos, nessa época de São João o movimento de pessoas e de automóveis é grande, mas a cidade não perde sua beleza. Depois da ponte nos deparamos com a antiga estação de trem que está com a fachada muito bem conservada, mas que está recebendo blocos e cimento nas janelas e em uma das entradas o que é um crime a historia daquele lugar. Hoje é aniversario da cidade e está tendo várias apresentações. A feira de artesanato tem verdadeiras obras de artes. As praças são aconchegantes com suas grandes arvores e as bandeirolas enfeitam toda a cidade. Eu moraria aqui com muito prazer, acordar com o barulho do galo e dos pássaros, ir a feira aos sábados comprar frutas e verduras frescas, aprender a comer e gostar da maniçoba.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Cachoeira

São João em Cachoeira é bom demais. Cachoeira é linda com suas praças, igrejas e lugares bem exótico como o bar de pai Tomás.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Raul Seixas - Metamorfose Ambulante

Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha velha velha velha velha
Opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião sobre tudo

Por Antônio Carlos Silva Ferreira

FORTE SÃO MARCELO

No meio do caminho tinha um forte, tinha um forte no meio do caminho”. A pedra que tanto calo deu no sapato do Drummond, em razão das críticas que sofreu, me serve de inspiração para ilustrar o que foi o Forte São Marcelo no meu caminho de conhecer Salvador. Desde os meus tempos de guia de turismo que o Forte São Marcelo permanece ali, encravado na Baía de Todos os Santos, no caminho marítimo entre Salvador e a “intrépida” Ilha de Itaparica, sem que eu pudesse conhecê-lo. Dizia-se que era propriedade da Marinha do Brasil e como instalação militar, ainda que sem uso, não estava aberto à visitação pública.

E eu fui vivendo sem nunca me conformar com a idéia de que conhecia os quatro cantos da cidade, mas não tinha o direito de acariciar com os pés o que Jorge Amado apelidara de o “umbigo da Bahia”. E vez por outra surgia uma notícia de que o forte iria ser reaberto como edificação histórica que é aliando ainda as funções de centro de eventos culturais ou centro de compras e houve até quem falasse em restaurante. Notícias ou boatos a parte, o fato é que ele permanecia lá isolado e a experiência mais próxima de uma visita, que eu tive, foi quando o programa Bahia Náutica apresentou uma reportagem na qual seu apresentador e diretor, Denis Peres, nos levou a percorrer, através da TV, as instalações do forte e chamou atenção para a necessidade de recuperação daquele patrimônio esquecido.

Finalmente, me chega trazendo enorme dose de alegria, a notícia de que o Forte estaria aberto à visitação pública a partir de 12 de novembro. Agora sob os cuidados da ABRAF – Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações Militares e Sítios Históricos, o Forte São Marcelo pode ser visitado e, em que pese ainda estar carente de recuperação e implantação de infra-estrutura, já se nota o esforço da ABRAF em valorizar o nosso secular guardião.
Adquirimos, no Centro Náutico, o ingresso no valor de R$ 10, que cobre a travessia de barco e um tour guiado nas dependências do forte. A emoção aumentava quanto mais o forte nos parecia se aproximar do barco até o momento histórico em que nosso grupo transpôs o pórtico que dá acesso ao interior da edificação.


Uma pincelada de história

O Forte São Marcelo foi construído, sob um banco de areia, em 1650, visando principalmente evitar o retorno de invasores holandeses, que já haviam atacado Salvador em 1624 e 1638. Construído pelos engenheiros franceses Felipe Guiton e Pedro Garcin, que se sucederam na empreitada, o forte foi concebido em planta circular para permitir à sua artilharia atirar em qualquer direção. O São Marcelo, que sofreu duas reformas no século XVIII, alcançou na segunda metade daquele século seu maior poder de fogo com 54 peças de bronze e ferro. Com esta bateria o Guardião da Cidade da Bahia intimidava e bombardeava naus inimigas que ameaçavam invadir e saquear a cidade.
Teve importante participação nas lutas pela Independência do Brasil na Bahia, consolidada em 02 de julho de 1823. O bem elaborado folheto distribuído pela ABRAF nos conta ainda que o forte fora o principal relógio público de Salvador, disparando tiros que ressoavam num raio de 80 quilômetros, às 4h da manhã e às 9h da noite.
Explorando o São Marcelo
Visitando as 30 salas do forte pisávamos agora o mesmo chão onde pisaram personagens históricos como Bento Gonçalves, da Revolução Farroupilha, e Cipriano Barata, líder da Revolta dos Alfaiates que ali estiveram presos. Na caminhada com o guia não podíamos deixar de notar que o Forte pede ajuda. Não há mobiliário, nenhuma das suas peças de artilharia está por lá e há até mesmo paredes e piso que foram cobertos de azulejo e cerâmica modernos, desfigurando o monumento. Não há energia elétrica nem instalações sanitárias para uso dos visitantes mas sabe-se que a direção da ABRAF já está providenciando a instalação de um banheiro químico e vislumbra a revitalização do forte com inclusão de atividades temáticas, recolocação dos antigos canhões, uso de uniformes de época e a implantação de lanchonete e lojas de souvenirs. O passeio em si torna-se pobre devido às condições físicas e de ambientação do forte, mas serve ao mesmo tempo como denúncia e alerta para a necessidade de uma ação reparadora.
Ao final dos cerca de 60 minutos de passeio, o guia nos acompanha até o píer de onde o barco nos trará de volta à terra firme em cinco minutos de travessia. Do passeio resta a consciência de que ainda não se fez tarde para resgatarmos o Forte São Marcelo, mas que é preciso a sociedade civil engajar-se na luta pela sua recuperação, inclusive cobrando ação dos poderes públicos. E é claro que ficou também o gostinho de ter finalmente conquistado e incorporado ao nosso acervo de riquezas o antes intocável umbigo da Bahia.

Fortes


Visitar os fortes de Salvador é fazer uma viagem de volta ao passado e conhecer mais sobre a história da capital baiana.
HistóriaA cidade de Salvador nasceu sob o signo da defesa. Os portugueses deram início à implantação de um sistema de defesa que evoluiu até o século XVIII. Uma grande muralha de taipa e barro, suficiente contra as flechas dos índios foi a primeira obra militar portuguesa na Capital.Com o passar dos anos, a muralha foi ampliada e reforçada em pedra e sal, ganhando baluartes na parte do mar e torres encasteladas nas portas voltadas para o São Bento e o Carmo.Logo, as preocupações de defesa se voltaram para o mar, de onde os corsários estrangeiros ameaçavam a cidade. Inútil contra a artilharia da época, a velha muralha deu lugar a um eficiente sistema de defesa em profundidade, com trincheiras, muralhas e fortificações, construídas em lugares estratégicos e armadas de acordo com a evolução da arte da guerra.Alguns projetos nasceram da criatividade dos militares portugueses, outros foram desenhados por engenheiros militares das escolas italianas e francesas, contratados pelo governo colonial. A idéia era sempre aproveitar as condições naturais do terreno para as necessidades de defesa e o exercício da mais bela plasticidade.


Forte de São Marcelo: Inicialmente de madeira, foi todo reconstruído em alvenaria em 1624 para enfrentar os holandeses. Em 1650, ganhou a definitiva forma circular. Só tem acesso de barco.


quarta-feira, 28 de março de 2007

Ira! - Por Amor

Movido apenas por amor vou em frente
E é sempre apenas por amor que eu reduzo
As vezes certo,
As vezes meio confuso
Mas sempre forte
Sempre, sempre mais quente

Se existe gente a minha volta
eu não vejo (eu nao vejo...)
Pois o desejo é como veu que me cobre
E se a distancia me revela ser pobre
Mais rico estou
quanto mais perto de um beijo

Por amor
Eu perco o dia inteiro querendo te ver
Eu como tão de pressa que nem sinto prazer
Por amor...

Por amor
Enfrento a tarde,
o cinza do ceu
Eu passo as noites chorando no quarto de hotel
Por amor...