Hollanda, Heloísa Buarque de. CULTURA, RECURSO PARA O DESENVOLVIMENTO. Disponível em: . Acesso em: 24.10.08
Hollanda em seu artigo “Cultura, Recurso para o Desenvolvimento” o fenômeno intitulado “humanidade excedente” é um dos fatos mais alarmante desse inicio de século, principalmente nos países em desenvolvimento.
A autora coloca que no Brasil, a população que vive em favelas ou “aglomerados subnormais” cresceu 45% nos últimos anos. É com este aumento das desigualdades sociais e econômicas e os altos índices de miséria que o uso da cultura se tornou um fator de desenvolvimento nas favelas e comunidades.
Para Hollanda a cultura é um valor a ser preservado em sua diversidade e pluralismo e o investimento deve ser visto como prioritário para o fortalecimento da fibra social e, conseqüentemente, para o desenvolvimento político e econômico.
Desta forma, a comunidade reivindica esta cultura, pois além de ser um direito básico de todo cidadão é identificada como uma das grandes carências destas comunidades. Por isso é um fator estratégico para qualquer projeto de transformação social.
A autora cita algumas prioridades que são estabelecidas nessas ações culturais. Uma delas é a conquista de visibilidade para as comunidades por meio da divulgação intensiva da informação sobre a condição de vida nas favelas, os desejos e as demandas dos habitantes destas comunidades. Em segundo lugar, a formação de atores na área da cultura e do desenvolvimento da capacidade de se situar no mercado de trabalho, desenvolvendo uma pedagogia de formação do empreendedor engajado.
A partir destas constatações, Hollanda conclui, que observando o quadro político-cultural das favelas brasileiras fica clara a importância da multifuncionalidade das práticas culturais no mundo.